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Veja como fica o mercado de investimentos com a taxa Selic a 13,75% ao ano

Investidores devem proteger o patrimônio, principalmente da inflação, que continua sendo um bom termômetro para uma estratégia de investimentos de longo prazo

Na contramão dos bancos centrais das principais economias do mundo, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano, interrompendo o cliclo de 12 altas consecutivas. Em comunicado, o Banco Central disse que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.


O mercado financeiro prevê os juros nos mesmos 13,75% até o final do ano, com uma possível queda para baixo de 10% até o final de 2023. Na prática, manter a taxa de juros a 13,75% ao ano não deve interferir, por exemplo, na rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto. Com isso, os ganhos a partir da classe desses ativos ainda seguem atrativos, mesmo após a retração da inflação registrada entre julho e agosto.


A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a primeira pausa num ciclo extenso de juros altos, que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis, somados a guerra entre Rússia e Ucrânia, as eleições no país, a alta do dólar e a inflação em todo o mundo.

Com esse panorama apresentado, o que os investidores podem esperar do mercado financeiro?


O assessor de investimentos da Monte Bravo de São José dos Campos, Breno Andrade, disse que os aportes em renda fixa permanecem atrativos, com possibilidade de ganhos de mais de 1% líquidos de impostos ao mês. Nesse cenário, o investidor deve ficar de ‘olho’ nos prazos, emissores e pagamentos de juros sobre esses ativos.


“Isso ocorre porque uma vez que um investimento é retirado antes do seu vencimento poderá trazer prejuízos. Para os mais conservadores, que fazem aportes em ativos tradicionais, as opções mais indicadas são títulos como CDBs, LCIS e LCAs, indexados ao CDI (uma taxa parecida com a Selic), emitidos por bancos”, disse Breno.


Segundo ele, a previsão para o próximo ano é ter uma Selic convergindo até abaixo de dois digitos, ou seja, menos 10%, o que traz para o investidor oportunidade de prefixar alguns ativos com rentabilidade maior a fim de garantir um retorno acima do CDI em 2022, 2023 e 2024. “Além de trazer essa oportunidade de prefixar, o atual cenário é de cautela levando em conta a polaridade eleitoral, que pode ter reflexos tanto positivo quanto negativo na economia. Com isso, os investidores devem proteger o patrimônio, principalmente da inflação, que continua sendo um bom termômetro para uma estratégia de investimento de longo prazo no Brasil”, disse.

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