Aumento dos juros, valorização do dólar e mudanças nas tarifas de importação, entenda o ‘efeito Trump’
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos pode impactar significativamente o mercado financeiro. Além da alta no dólar, devido às expectativas de juros maiores na administração Trump, setores como o câmbio, juros e importações devem sentir significativamente o desdobramento dessa conquista.
De acordo com o sócio da WFlow Investimentos e head da Mesa Internacional, Renato Hellmeister, uma das tendências para esse novo mandato é a valorização do dólar em relação a todas as moedas do mundo. “O discurso de Trump é expansionista e de corte de impostos para as empresas, isto pode levar a um cenário de inflação mais persistente no curto e médio-prazo, visto que os Estados Unidos continuam em pleno emprego alinhado com a política de imigração mais restritiva que gera uma pressão inflacionária. Com esta tendência, o Federal Reserve System (FED) ficará em uma situação de manutenção ou elevação de juros para conter a inflação, o que leva a um dólar cada vez mais forte”, comenta Renato Hellmeister.
Diante desse cenário, com possíveis ajustes do Federal Reserve de suas taxas de juros, os EUA podem se tornar mais atrativos a investidores. “O FED ainda tem uma certa margem para redução da taxa de juros o que leva os investidores a buscarem ativos mais rentáveis, mas este cenário pode mudar com um governo expansionista como o de Trump”, esclarece o especialista.
Segundo Hellmeister, sem uma política de equilíbrio fiscal o ‘prêmio’ do Brasil fica menos atrativo para os investidores. “O risco é alto, e o governo brasileiro demonstra pouco interesse de seguir na linha de corte de despesas, estamos entrando na segunda metade do governo onde a história demonstra que os governos tendem a gastar mais pensando em uma reeleição, o cenário para 2026 já está entrando em pauta”, pontua.
Outro nicho do mercado brasileiro que pode sentir os impactos da vitória de Trump são as importações. O plano econômico de Trump planeja tarifar em 60% a China, maior rival e exportadora do país, e em 10% a 20% demais parceiros comerciais dos EUA. O excesso de taxas impostas pode levar a uma queda no preço das commodities, explica Celso Grisi, professor da FIA Business School.
“De forma geral, a eleição de Trump favorece as empresas americanas, mas existe um delicado limiar entre expansão e inflação, devemos observar como se dará a implementação das políticas prometidas em campanha”, comenta o especialista, aconselhando os investidores para lidar com esse momento. “No mercado financeiro é sempre importante a diversificação, muito da nossa economia é dolarizada, por isso, é sempre importante a exposição em mercados diferentes. Isso é saudável para as carteiras de médio e longo prazo”, afirma
WFLOW
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