Com 80% dos empregadores com dificuldades para contratar profissionais qualificados, país encontra-se em 11º lugar da lista
De acordo com um levantamento realizado pelo ManpowerGroup, em 41 países e territórios, o Brasil está entre os 15 países com as taxas de escassez de talentos mais altas em 2024. Com 80% dos empregadores brasileiros com dificuldades para contratar profissionais qualificados, o país encontra-se em 11º lugar da lista.
Apesar da escassez global de talentos, em 2024, ser um pouco mais branda que em 2023, o índice ainda está maior que o dobro do nível registrado em 2014. Segundo analisado pela pesquisa, há 10 anos o índice no Brasil era de 63%, saltando para 71% em 2021, e 80% neste ano.
De acordo com a especialista em Recursos Humanos e diretora da POP RH, Ana Carolina Guerra, a escassez de talentos pode ter se agravado nos últimos anos, pela falta de interesse dos jovens em entrar no mercado de trabalho, além das mudanças nas demandas do mercado.
“Nosso principal problema está nos cargos de entrada no mercado de trabalho. Os jovens estão demorando cada vez mais para adentrarem ao mercado, recorrendo a métodos informais de ganho de capital e deixando em segundo plano a formação e desenvolvimento em uma carreira estável. Os famosos "nem nem", que não trabalham e nem estudam, são aqueles que deveriam estar ocupando esses cargos e sendo desenvolvidos para funções de maior responsabilidade e expertise”, comenta Ana Carolina.
Em um cenário desafiador como esse, estratégias de atração, retenção e desenvolvimento de profissionais assumem um papel central para impulsionar o crescimento sustentável das empresas, mas para isso, é fundamental seguir alguns planos de ação que podem ser o diferencial para enfrentar esse problema.
“Como plano de ação de curto prazo, é interessante que as empresas busquem profissionais 40+ em seus processos seletivos e como plano para médio e longo prazos, realizem a criação de programas sociais que fomentem o desenvolvimento de jovens em áreas defasadas internamente e programas de mentoria para os jovens entrantes na empresa com o intuito de impulsionar o conhecimento e gerir a diferença etária”, pontua a especialista.
Outra dica importante é a realização de um diagnóstico interno para entender o motivo da rotatividade, que pode estar atrelada à liderança, benefícios, remuneração, clima organizacional, falta de processos, entre outros. “Existem ferramentas de RH que auxiliam nessa leitura e na solução do problema, como a pesquisa de clima, por exemplo. Em grande parte dos casos os pontos críticos estão relacionados a falta de liderança e a remuneração em desalinhamento ao mercado”, comenta a especialista.
POP RH®
A POP RH® realiza serviços como a elaboração de estratégias para atração, retenção e desenvolvimento de talentos, avaliação de desempenho, aplicação e análise de pesquisa de clima, implantação de programas para o desenvolvimento de líderes nas empresas, BPO de RH (Business Process Outsourcing) e planos para alavancamento de resultado por meio de pessoas.
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